que enchem de gritos roucos
o ar parado da noite
sopradores de ventos
furacões e amenos
conforme a prosódia da carne
poetas insanos
sutis e tirânicos
inspirados por musas voláteis
criadores do cosmo
cosmonautas do agora
em busca do quase nada
viajantes etéreos
comedores de luzes
hedonistas sem causa
pra quê dá-los nomes
se o que vestem são os farrapos da história?