o maior dia do ano,
o dia sem sombras,
apareceu na janela
num azul mortiço,
sem graça.
a manhã passou
como se estivesse
estendida num varal,
estática.
a tarde se limitou
a uma languidez inexpressiva,
parada.
a noite se fez notar
antes de chegar,
pela demora
em se apresentar
em todo seu esplendor
de dúvida e calor.
seu mensageiro,
o crepúsculo,
olvidou-se do tempo,
divagando entre giz e tesoura,
recortando pedaços alaranjados de céu.
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