quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Pontos Intersticiais da Realidade - A Mandala de Saramago

Uma fratura na impalpável dimensão espaço-tempo abre um ponto intersticial da realidade. Saramago percebe e escreve sua mandala na forma destes diagramas lineares, recolocando uma velha inquietação metafísica de sua infância. Ele alcança a dimensão pura da mente iluminada, e está dado o aforismo:

A escuridão é simplesmente o outro lado da luz, a sua face secreta.

Quando se apaga a luz ou o sol se põe, não é uma presença que substitui uma outra, nem uma presença que se transfigura em uma ausência ao se esconder atrás da cortina do universo. É a luz oferecendo a outra face.

No silêncio da noite, Mandala aparece com fios de arame entrelaçados propondo jogos e cosmogonias.

Nenhum comentário: